quarta-feira, 16 de maio de 2007

Monstros

Já é tarde. Ao menos pra mim, num meio de semana. Nos últimos tempos, quando o assunto é a redação de uma certa dissertação de mestrado, repito pra mim mesmo: “o inimigo sou eu”. Ao mesmo tempo, me pergunto se vou conseguir terminar o que comecei, e se o que estou fazendo é realmente o que deve ser feito. Muitos já passaram por isso...


Honestamente? Os monstros não me assustam. O que me assusta é a prostração à mesa: o fardo nunca é maior do que a gente pode carregar, pois ele é interno, assim como a força com que o carregamos. Por vezes, não nos prostramos pelo excesso de esforço, mas porque parece ser a posição que a gente merece, e da qual - perigosamente, em momentos de profunda fraqueza – nos perguntamos se devemos mesmo sair. Isso é assustador...


Francisco de Goya e Lucientes (1746-1828). – “O Sonho da Razão produz monstros” (c. 1799), água-forte, 207 X 145 cm, Real Cacografia, Madrid (Série de gravuras – “Caprichos”).

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